Mensagem das religiões

Texto: Roger Hayas e Elisabete Sacon – Fotos: Manolo e Jorge Moehlecke

Após as premiações, o Cônego José Bizon, representante do Catolicismo, tomou a palavra para discorrer sobre a paz, reforçando a importância da paz na Terra e enfatizando que, para que isso ocorra, esse sentimento precisa ser semeado primeiramente dentro de cada um.

Na sequência, Alexandre Caldini trouxe uma visão da paz perante a doutrina espírita, destacando a importância das práticas do perdão e da gentileza a fim de se promover a paz interior, afinal, a semeadura pela paz começa no íntimo do lar, à medida que somos seres em evolução e o núcleo familiar reserva muitas oportunidades de desenvolvimento. “Nós estamos em cima de uma tremenda caixa d’água e que é a caixa d’água mais alta de São Paulo. A partir daqui a água vai para toda a Grande São Paulo, então vejam que beleza, nós estamos neste momento unidos pela paz e a água é um tremendo condutor, então nesse momento nós estamos vibrando aqui e essa água vai por toda São Paulo para nos deixar ainda melhores”, disse.

Terceiro convidado a transmitir sua mensagem de paz, o Sheikh Jihad Hassan Hammadeh, representante do Islamismo, convidou a todos a uma reflexão sobre a postura do ser que, sendo justo, correto e respeitando seu próximo, semeia a paz em seu caminho durante sua longa caminhada. “Todos nós somos seres humanos, temos o livre arbítrio e certamente erramos. Isso não significa que quando você fica nervoso você deixou de ser pacífico. Não, você só deixará de ser pacífico quando você se mantiver nesse caminho. Se você voltar atrás, se arrepender, se redimir, se lapidar, melhorar e se controlar você irá evoluir. É isso que Deus quer de nós”.

O jornalista Heródoto Barbeiro levou a palavra da paz a partir da visão budista, relatando que a paz interior é encontrada conforme se trilha um caminho de equilíbrio, em que a meditação, a viagem interior e a busca da espiritualidade verdadeira são meios indispensáveis para a conquista da autoiluminação.

• Cônego José Bizon,
  representante do Catolicismo

  
  “Haja paz na Terra a começar por mim. Quem defende a vida defende a paz. Nós somos chamados a sermos construtores de um mundo novo. A paz é possível, sim; o mundo melhor é possível, sim. Portanto, nós somos chamados a plantar essa semente, cultivar e construir a paz.”
  

• Alexandre Caldini,
  representante do Espiritismo

  
  “Todo mundo tem em casa alguém complicado, alguém folgado, que abre a geladeira, põe o pé em cima da mesa, pede empréstimo e não paga, bebe, usa drogas, todos nós temos. É com essas pessoas que a gente devia atuar, é aí que começa a paz: dentro das quatro paredes da minha casa; só haverá paz quando cada um de nós assim atuar.”
  

• Sheikh Jihad,
  representante do Islamismo

  
  “Assalamu é um dos atributos de Deus que significa a paz. Deus é a paz. Se Deus é a paz e ordena a paz, e eu sou devoto, eu sou uma pessoa entregue a Deus totalmente; eu tenho que exercer essa paz no meu pensamento, na minha crença, na minha fala e na minha prática.”

• Heródoto Barbeiro,
  representante do Budismo

  
  “Não haverá a paz no mundo enquanto não houver paz dentro do ser humano, então a primeira paz é a de dentro do ser humano, a gente só pode colocar para fora o que está dentro de nós; se eu tenho a paz dentro de mim, só posso colocar a paz pra fora.”