Evangelho no Lar

O Evangelho no Lar

“Porque onde estiverem reunidos em meu nome, lá estarei presente.”  Jesus. (Mateus, 18:20.)

Finalidade: Encontro semanal, sendo previamente marcado o dia e a hora, (devendo ser repetido sempre no mesmo dia e hora da semana) com o objetivo de reunir toda a família em torno dos ensinamentos evangélicos, à luz do Espiritismo, e sob a assistência dos Benfeitores Espirituais e nossos mentores individuais.

1. Participantes:

• Todas as pessoas do lar, inclusive as crianças podem e devem participar.
• Na ausência das pessoas da casa, pode ser feito por apenas uma pessoa.

2. Roteiro da Reunião:

• Iniciar com a leitura, sem comentários, de uma página de um livro (por exemplo, Pão Nosso, Fonte Viva, entre outros);
• Devemos fazer uma prece inicial;
• Em seguida a leitura e comentários de um tópico de O Evangelho segundo o Espiritismo, estudado de forma sequencial se possível ou aleatório se assim for de agrado de todos;
• Um comentário breve;
• Prece de encerramento.

3. Recomendações:

• Procure realizar a Reunião com no máximo, uma hora;
• Evitar a todo custo a manifestação mediúnica de Espíritos;
• Será muito bom colocar água para ser fluidificada pelos Protetores Espirituais e, após, repartida entre os participantes;
• Lembrar que a presença de visita, não deve ser motivo para suprimir a Reunião.
• Se ocorrer a perda do dia da reunião em determinada semana, pode-se continuar na próxima;
• Se toda a família participa e acontecer de ter uma só pessoa no dia marcado, a reunião deve acontecer normalmente;
• Se ocorrer uma viagem, a família pode realizar a reunião onde estiver.

Texto de Emmanuel

O culto do Evangelho no lar não é uma inovação. É uma necessidade em toda parte onde o Cristianismo lance raízes de aperfeiçoamento e sublimação. A Boa-Nova seguiu da Manjedoura para as praças públicas e avançou da casa humilde de Simão Pedro para a glorificação no Pentecostes. A palavra do Senhor soou, primeiramente, sob o teto simples de Nazaré e, certo, se fará ouvir, de novo, por nosso intermédio, antes de tudo, no círculo dos nossos familiares e afeiçoados, com os quais devemos atender às obrigações que nos competem no tempo.



Quando o ensinamento do Mestre vibre entre as quatro paredes de um templo doméstico, os pequeninos sacrifícios tecem a felicidade comum. 

A observação impensada é ouvida sem revolta. 

A calúnia é isolada no algodão do silêncio.

 A enfermidade é recebida com calma.

 O erro alheio encontra compaixão.

 A maldade não encontra brechas para insinuar-se.

 E aí, dentro desse paraíso que alguns já estão edificando, a benefício deles e dos outros, o estímulo é um cântico de solidariedade incessante, a bondade é uma fonte inexaurível de paz e entendimento, a gentileza é inspiração de todas as horas, o sorriso é a sombra de cada um e a palavra permanece revestida de luz, vinculada ao amor que o Amigo Celeste nos legou.



Somente depois da experiência evangélica do lar, o coração está realmente habilitado para distribuir o pão divino da Boa-Nova, junto da multidão, embora devamos o esclarecimento amigo e o conselho santificante aos companheiros da romagem humana, em todas as circunstâncias.

 Não olvidemos, assim, os impositivos da aplicação com o Cristo, no santuário familiar, onde nos cabe o exemplo de paciência, compreensão, fraternidade, serviço, fé e bom ânimo, sob o reinado legítimo do amor, porque, estudando a Palavra do Céu em quatro Evangelhos, que constituem o Testamento da Luz, somos, cada um de nós, o quinto Evangelho inacabado, mas vivo e atuante, que estamos escrevendo com os próprios testemunhos, a fim de que a nossa vida seja uma revelação de Jesus, aberta ao olhar e à apreciação de todos, sem necessidade de utilizarmos muitas palavras na advertência ou na pregação.



Emmanuel





Fonte: XAVIER, Francisco Cândido. Luz no Lar. Por diversos Espíritos. 8. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1997. Cap 1, p. 11-12.